quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Flu empata sem gols com Nacional e se complica


Complicou. Depois de 90 minutos de pressão desorganizada, o Fluminense não conseguiu furar a retranca do Nacional (URU), nesta quarta-feira, no Engenhão, e margou mais um empate em casa na Libertadore; desta vez, sem gols.

Com muitas mudanças, a equipe de Muricy Ramalho mostrou muita desorganização tática e parou diante da defesa bem postada do time uruguaio. Mais uma vez, Conca teve atuação apagada. Mais avançado, fazendo ligação com Rafael Moura, o único atacante, o argentino não conseguiu se livrar da forte marcação. E, nas poucoas chances que teve, acabou cometendo erros.

Com dois pontos em dois jogos, o Tricolor está momentaneamente na segunda colocação do Grupo 3; mas pode ser ultrapassado pelo Argentinos Jrs., que enfrenta o América (MEX), nesta quinta-feira, em casa. Já a equipe uruguaia marcou sem primeiro ponto na competição.

O Fluminense terá até o dia 2 de março para arrumar a casa. Neste dia, terá confronto duro com o América (MEX), na Cidade do México. No mesmo dia, o Nacional recebe o Argentinos Jrs., em Montevidéo.

MUDANÇAS CORRIGEM DEFESA, MAS COMPROMETEM ATAQUE

Muricy Ramalho fez mistério sobre o time e com razão. Na escalação divulgada minutos antes da partida, muitas surpresas. Pela primeira vez neste ano, a escalação com três zagueiros foi colocada em campo. Digão entrou para compor o sistema defensivo ao lado de Gum e Leandro Euzébio.

Foi o único acerto do técnico. Com Gum de líbero, enquanto Digão e Euzébio partiam para o combate, os buracos que atormentaram a vida da defesa nos últimos jogos deixaram de aparecer. E, ao contrário do que acontecera na estreia contra o Argentino Jr., os três atacantes do Nacional (Vigneri, Fornaroli e Viudez) tiveram poucas chances para contra-atacar.

Outra novidade foi o retorno de Valencia na cabeça de área, fazendo Edinho sentir, pela primeira vez com a camisa tricolor, a sensação se sentar no banco de reservas. O colombiano não comprometeu, mas, sobrecarregado, principalmente nas saídas de bola, acabou errando muitos passes.

E a armação de jogadas seria o maior problema na etapa inicial. Na maior parte do tempo, a bola rodou entre os homens de defesa e os volantes. Enquanto isso, o meia Conca, a exemplo dos outras atuações neste ano, sumiu em meio à forte marcação da equipe uruguaio. Posionado como jogador de ligação entre o meio e o único atacante, Rafael Moura, o argentino teve 45 minutos de pura improdutividade.

Assim, coube a Marquinho, o outro apoiador, criar as melhores chances. Não foram muitas, nem muito perigosas, mas suas infiltrações, principalmente pelo lado esquerdo, foram o que de melhor do Tricolor apresentou antes do intervalo.

He-Man, isolado, acertou apenas duas cabeçadas (uma, com perigo). Os alas, mesmo com liberdade, ficaram comprometidos pela boa marcação uruguaia pelos lados.

TIME VAI PARA O DESESPERO, MAS PARA NA RETRANCA URUGUAIA

O Flu voltou do intervalo com mais ímpeto. Pressionados pelo resultado desfavorável, os jogadores impuseram um ritmo mais forte, mas os erros, principalmente de passes, continuaram os mesmos.

Conca seguiu perdido sobre a marcação. Pelos lados, mais problemas. Tanto que, no desespero, os zagueiros Euzébio e Digão passaram a alçar bolas na área em busca de alguma solução vinda lá de cima.

Aos 25 minutos, ela quase veio. Após levantamento, Leandro Euzébio ajeita para He-Man, que estufa as redes uruguaias. Mas o árbitro já marcava irregularidade.

Dia de azar para o Tricolor? Disso, o time de Muricy não pôde reclamar. Dois minutos depois, García, após dois erros da zaga, ficou livre na área, driblou Berna, mas acabou jogando por cima, mesmo com o gol aberto.

Muricy então partiu para o desespero. Tirou o zagueiro Digão e o volante Valencia para as entradas dos atacantes Tartá e Araújo. Os dois, embora um pouco perdidos, se movimentaram bastante procurando espaços. Mas nada que furasse o bom bloqueio uruguaio. No lance de maior perigo, Araújo recebeu pela esquerda, dominou e chutou cruzado; o goleiro Burián espalmou.

Atrás, Berna, com boas defesas, evitou tragédia ainda maior.

Com dois pontos em dois jogos, o Flu terá que tirar a desvantagem fora de casa. A primeira missão será logo na próxima rodada, contra o América, na Cidade do México.


FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE 0 X 0 NACIONAL (URU)

Data/ Hora: 23/2/2011, às 22h (de Brasília)

Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)

Auxiliares: Nícolas Yegros (PAR); Malcides Saldívar (PAR)

Público/ Renda: 9.020 pagantes, 10.017 presentes/ R$ 429.020,00

Cartão Amarelo: Conca, Rafael Moura, Leandro Euzébio (FLU); Fornaroli, Cabrera, Píriz, Garcia (NAC)

FLUMINENSE: Ricardo Berna, Gum, Leandro Euzébio e Digão (Araújo, aos 28'/2ºT) ; Mariano, Valencia (Tartá, aos 15'/ 2ºT), Diguinho, Marquinho (Souza, aos 35'/2ºT), Conca e Carlinhos; Rafael Moura - Técnico: Muricy Ramalho.

NACIONAL (URU): Burián, Gabriel Marques, Lembo, Coates e Nuñez; Mauricio Pereyra, Piriz e Cabrera (Calzado, aos 11'/2ºT); Vigneri, Fornaroli (Garcia, aos 16'/ 2ºT) e Viudez (Carsoso, aos 28'/2ºT) - Técnico: Juan Ramón Carrasco

Vasco promove mais um massacre: 6 a 1 no Comercial


Em primeiro tempo avassalador, Vasco não toma conhecimento do adversário

Massacre 2, o retorno! Após golear o America em 9 a 0 pela última rodada da Taça Guanabara, o Vasco não tirou o pé do acelerador e aplicou mais uma chuva da gols na noite desta quarta-feira. A vítima da vez foi o Comercial-MS, pela Copa do Brasil, fora de casa. Com a vitória, por.... o Gigante da Colina ganha o direito de não ter que disputar o jogo de volta no Rio.

O Cruz-Maltino começou o jogo com tudo. Logo aos quatro minutos Eder Luis foi derrubado na entrada da área e Fellipe Bastos não perdoou. Ele bateu forte, por baixo e abriu o placar.

A falta de ritmo de jogo do adversário, que fez sua primeira partida oficial na temporada, era evidente. E o Vasco fez questão de aproveitar. Quando o relógio marcava 16 minutos a zaga do Comercial-MS bobeou, Marcel roubou a bola dentro da área e foi derrubado em seguida por Andrezão. O juiz não titubeou e apontou a marca de pênalti que o próprio camisa 9 bateu, deslocando o goleiro e ampliando no marcador.

Dominando a partida, o Vasco teve em Felipe seu principal comandante. As tabelas com Jéferson eram constantes e em uma delas, o camisa 11 encontrou Ramon na corrida dentro da área. O lateral-esquerdo, comprovando sua subida de produção após a chegada de Ricardo Gomes cruzou na cabeça de Marcel, que marcou mais um aos 24, virando artilheiro da noite.

Soberano nos 45 minutos iniciais, o time carioca ainda encontrou tempo para fazer mais um. Próximo do intervalo, aos 45, Felipe deu passe milimétrico, daqueles que o torcedor vibra mais do que nos gols, para Jéferson que só teve o trabalho de tirar do goleiro. 4 a 0 e o juiz apitou o final de primeiro tempo para a alegria do técnico Amarildo Carvalho, do Comercial-MS.

No segundo tempo Cruz-Maltino apenas completa a goleada

No segundo tempo, repetindo a goleada contra o America, o Vasco não diminuiu o ritmo. Logo aos 12 minutos Eder Luis, finalmente o Eder Luis, recebeu lançamento de Dedé, arrancou e esperou a hora certa para tocar entre as pernas do goleiro, marcando seu primeiro gol na temporada e fazendo o famoso gesto de espantar a má fase.

Seis minutos depois, a primeira e única falha do sistema defensivo do Cruz-Maltino durante os 90 minutos. A bola sobrou para o atacante Anderson que, cara a cara com Prass, passou pelo goleiro e foi derrubado. O juiz marcou o segundo pênalti do jogo e os donos da casa puderam festejar um golzinho.

Mas não pensem que o Vasco desanimou. E para consertar um erro, nada melhor que um gol. Três minutos depois do gol adversário, o Vasco tratou de marcar mais um. Após mais um cruzamento de Ramon, um dos melhores em campo, Rômulo apareceu entre os zagueiros e marcou, de cabeça, seu terceiro gol na temporada.

Com o placar elástico, o técnico Ricardo Gomes optou por poupar alguns jogadores e dar ritmo de jogo a outros. O comandante promoveu a estreia do meia Bernardo, que entrou no lugar de Felipe no meio da segunda etapa. Ainda saíram de campo Fellipe Bastos e Ramon para as entradas de Eduardo Costa e Márcio Careca.

Graças ao forte calor, o Vasco se limitou a apenas tocar a bola após os 30 minutos no intuito de administrar o placar e poupar seus jogadores.

A chegada do técnico Ricardo Gomes parece mesmo ter melhorado o ambiente em São Januário. O time já marcou 18 gols em apenas três jogos, sofrendo apenas um. Será que esse filme se tornará uma trilogia? Agora empolgada, a torcida do Vasco promete lotar os cinemas.


FICHA TÉCNICA
COMERCIAL-MS 1 X 6 VASCO

Local: Estádio Morenão, Campo Grande (MS)
Data/Hora: 24/2/2011 - 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Antônio Denival de Morais (PR)
Auxiliares: Rafael Trombeta (PR) e Pedro Martinelli Christino (PR)
Cartões Amarelos: Kanu (COM); Fagner e Eduardo Costa (VAS)

GOLS: Fellipe Bastos, 4'/1ºT (0-1); Marcel, 16'/1ºT (0-2); Marcel, 24'/1ºT (0-3); Jéferson, 45'/1ºT (0-4); Eder Luis, 12'/2ºT (0-5); Anderson, 18'/2ºT (1-5); Rômulo, 21'/2ºT (1-6)

COMERCIAL-MS: Rodolfo, Robinho, Canu, Andrezão, Cláudio, Amaral, Oliveira (Sérgio, intervalo), Vagner (Julio César, intervalo), Thiago Martins, Nené e Anderson. Técnico: Amarildo de Carvalho

VASCO: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Anderson Martins e Ramon (Márcio Careca, 29'/2ºT); Rômulo (Eduardo Costa, 14'/2ºT), Fellipe Bastos, Felipe (Bernardo, 23'/2ºT) e Jéferson; Eder Luis e Marcel. Técnico: Ricardo Gomes.

Botafogo dá vexame e perde para o River Plate-SE


Nem o mais otimista torcedor do River Plate-SE acreditava em uma vitória de seu time contra o Botafogo nesta quarta-feira, em Aracaju. Como há coisas que só acontecem com o Botafogo, o Alvinegro conseguiu perder para a humilde equipe sergipana, em um jogo que teve uma fraca atuação, decepcionando os torcedores que lotaram o estádio para ver Loco Abreu e cia.

Botafogo começa com três volantes

Apesar de dar indícios de que começaria com o apoiador Everton, o técnico Joel Santana, manteve a formação que iniciou no último jogo do Alvinegro pelo Campeionato Estadual, contra o Flamengo. A única mudança foi a entrada de Bruno, que estava suspenso no último confronto, no lugar de Arévalo Ríos, lesionado na coxa esquerda. Além disso, Herrera passou a ser o capitão da equipe no lugar de Loco Abreu. E o Botafogo começou bem. O argentino Herrera cruzou para Loco Abreu, que chegou atrasado para finalização. Logo depois, foi a vez de Alessandro alçar a bola para o uruguaio, que com categoria, dominou no peito e mandou uma bomba de pé esquerdo. No entanto, a bola foi em cima do goleiro Max, que fez boa defesa.

O Glorioso passou a tocar a bola no meio, mas sem muita objetividade. Somália e Bruno tentavam ajudar o ataque, já que Renato Cajá estava sumido do jogo. Herrera mostrava a pegada de sempre, mas errava quase todas as jogadas. De bom, o atacante Loco Abreu, que buscava fazer tabelas e se movimentava o tempo inteiro. Aos 31 minutos, El Loco deixou Bruno cara a cara com o goleiro, mas o juiz Marielson Alves, assinalou impedimento equivocadamente. O camisa 13 do Fogão ainda deixou Somália em boa posição pela direita, mas o curinga de Joel Santana errou o cruzamento. O River Plate-SE permaneceu durante toda a primeira etapa fechadinho, abdicando dos contra-ataques e parecia estar conseguindo o que queria: o empate em 0 a 0.

Atuação desastrosa e derrota histórica

No segundo tempo, Joel Santana tratou de colocar seu time mais à frente. Everton entrou no lugar de um discreto Marcio Azevedo. Todavia, foi a equipe sergipana que quase marcou. Bibi teve grande chance, cara a cara com Jefferson, que salvou o Bota. Um pouco depois, Márcio Rosário quase entregou o ouro para o ataque do River, mas acabou se recuperando no mesmo lance, evitando pior. O Botafogo parecia não se encontrar na partida. Muito por conta da atuação apática de Renato Cajá, que não manteve as boas atuações de outrora. Na frente, Herrera continuou tentando, mas prosseguia errando, além de estar excessivamente nervoso. Mesmo com o cartão amarelo, o argentino reclamava muito com a arbitragem, que não o expulsou porque não quis, talvez por ser o capitão do time.

Aos 20 minutos, Caio entraria no lugar do inoperante Cajá. O Talismã deu mais velocidade ao seu time que ficava com três atacantes. Contudo, o Alvinegro seguiu errando passes e dependia do esforço de jogadores mais limitados, como o volante Somália, que não conseguia acertar, apesar de ser um dos mais empenhados. Pelo outro lado, o River chegou duas vezes. O atacante Fábio Júnior, que tinha acabado de entrar acertou bom chute, de fora da área, que assustou o goleiro Jefferson. Logo após, foi a vez de Bibi, arriscar de perna esquerda. Entretanto, essa não levou tanto perigo e saiu à direita do gol alvinegro.

Desorganizado, o Botafogo passou a tentar outras alternativas. Alessandro arriscou de fora da área, mas muito mal. Everton errou enfiada de bola para Caio. A torcida sergipana vendo o atuação ruim do Botafogo, começou a gritar olé. E quando parecia que o cenário era ruim... Ele piorou. Bebeto Oliveira recebeu cruzamento da esquerda de Pedrinho e com categoria, bateu de perna direita, no contrapé de Jefferson. Incrivelmente, o torcedor que foi ao Batistão para ver Loco Abreu, acabou vendo Bebeto Oliveira.

- Entrei determinado e sabia que se tivesse uma oportunidade nao iria desperdiçar. A equipe está de parabéns. Temos que respeitar o Botafogo, mas vamos para o Rio com a vantagem - vibrou o autor do gol da partida, Bebeto Oliveira.

O River comemora a maior vitória de sua história enquanto o Glorioso contabiliza mais um vexame.

FICHA TÉCNICA:

RIVER PLATE (SE) 1 X 0 BOTAFOGO

Estádio: Batistão, em Aracaju (SE)
Data/hora: 23/2/2005 - 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Marielson Alves Silva (BA)
Auxiliares: Luiz Carlos Silva Teixeira (BA) e Adson Márcio Lopes Leal (BA)
Cartões Amarelos: Somália, Antônio Carlos, Herrera, Márcio Rosário (BOT); Bibi, Bruno Ramos (RIV)
Cartões Vermelhos: Não houve.
Gols: Bebeto Oliveira (41'/2°T)

RIVER PLATE (SE): Max, Bebeto, Váldson e Walace; Glauber, Bruno Ramos, Eder (Fábio Júnior), Fernando Pilar (Lucas) e Pedrinho; Bebeto Oliveira e Bibi (Claudinei). Técnico: Ailton Silva.

BOTAFOGO: Jefferson, Alessandro, Antônio Carlos, Márcio Rosário e Marcio Azevedo (Everton/Intervalo); Rodrigo Mancha, Somália, Bruno e Renato Cajá (Caio 20'/1°T); Herrera e Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.

Com ataque desfalcado, Araújo deve ganhar chance


Com ou sem confiança no futebol de Araújo, o técnico Muricy Ramalho deverá apostar no atacante na partida desta quarta-feira, contra o Nacional (URU), pela Libertadores. Na terça-feira, foi confirmado o afastamento de Rodriguinho do jogo. Pior ainda: a lesão na coxa direita, sofrida segunda-feira, deixará o atacante de molho pelos próximos três meses. Rodriguinho era considerado o substituto imediato de Fred, vetado devido à uma lesão na panturrilha esquerda.

Sem os dois jogadores, Muricy ainda vive a dúvida em relação ao aproveitamento de Rafael Moura. O artilheiro ficou fora do treino de terça por conta de dores na região lombar. Mesmo não tendo sido apontada lesão no exame de ressonância, a presença diante dos uruguaios é incerta. Caso He-Man não se recupere, Araújo ganhará ainda mais status de salvador da pátria.

Para o técnico do Fluminense, a circunstância fatalmente terá um quê de ironia. Araújo atuou em apenas três partidas este ano, somente uma como titular. Muricy Ramalho já disse que o atacante não está no melhor de sua forma física, algo prontamente rebatido pelo jogador. O treinador ainda pode improvisar Tartá e Willians na frente, se realmente Rafael Moura ficar fora da partida desta noite

Negociação por Diego Souza volta a esquentar


Apesar das dificuldades iniciais para trazer Diego Souza, o negócio pode ter um desfecho feliz para o Vasco já nos próximos dias. A Traffic, que vem costurando uma parceria com o clube, vai auxiliar no processo, que já está bem encaminhado. O que ainda emperra o acordo é uma negociação entre as diretorias do clubes.

Recentemente, o Atlético-MG, que tinha 50% dos direitos econômicos de Diego Souza, adquiriu mais 20%. A quantia, porém, ainda deveria ser paga a Traffic e exatamente neste ponto que a empresa entraria. Foi levantada a hipótese de o Galo não precisar mais pagar os valores e, desta forma, a Trafiic voltaria a ter 50% dos direitos.

A empresa que antes via a negociação com certo pessimismo, já confia que o acerto é bastante viável.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Wallyson brilha mais uma vez e Cruzeiro goleia o Guaraní


Sem grandes dificuldades, o Cruzeiro bateu o Guaraní (PAR) por 4 a 0, na Arena do Jacaré, pela Libertadores. Os gols da vitória foram marcados por Wallyson, duas vezes, Farías e Thiago Ribeiro.

Mais uma vez avassalador no ataque, a Raposa não deu chances aos paraguaios, que chegaram a assustar no começo da partida, mas não causaram muitos problemas aos cruzeirenses. As boas atuações de Wallyson, Montillo e Roger facilitaram o trabalho da equipe.

No segundo tempo, apareceu a figura do técnico Cuca. O treinador promoveu a entrada de Farías e Thiago Ribeiro, que balançaram as redes, além de Dudu, que deu uma assistência.

A vitória deixa o Cruzeiro isolado na liderança de seu grupo, com seis pontos, nove gols marcados e nenhum sofrido.

Com os dois gols marcados nesta noite, Wallyson chegou ao quinto na temporada, sendo quatro pela Libertadores. Ainda na segunda partida do Cruzeiro na competição, o atacante já tem metade dos gols do artilheiro do ano passado, Thiago Ribeiro, que fez oito.

Na próxima rodada do grupo 7, o Cruzeiro encara o Tolima, em Ibagué, na Colômbia, enquanto o Guaraní recebe o Estudiantes, no Paraguai.

Confira como foi a partida.

Wallyson aparece de novo

A partida começou com ritmo intenso. Como esperado, o Guaraní entrou em campo com uma proposta bastante defensiva, priorizando a marcação e saindo nos contra-ataques.

Logo no primeiro minuto, o Cruzeiro deu o cartão de visitas aos paraguaios. Em jogada pela direita, Pablo cruzou para Montillo, que dominou com estilo e bateu de primeira, mandando a bola com perigo sobre o gol de Aurrecochea. Não demorou e o Guaraní respondeu. Em jogada rápida, Julián Benítez foi lançado dentro da área e finalizou por cima do gol de Fábio.

Os paraguaios voltaram assustar antes dos dez minutos. Aos oito, depois de boa troca de passes, Marecos invadia a área e bateu de perna esquerda, mas acabou travado na hora certa por Victorino. No minuto seguinte, Filippini levantou bola na área celeste e Escobar, por trás da defesa, desviou de cabeça, acertando a trave direita de Fábio.

Com o susto, o Cruzeiro acordou e passou a dominar a partida, sempre trabalhando em seu campo de ataque, mas com dificuldades de penetração. Aos 18 minutos, Victorino roubou bola no meio-campo e tocou para Wallyson na área. O atacante cruzou rasteiro na primeira trave para Wellington Paulista, que dividiu com a defesa, mas não conseguiu mandar na direção do gol.

O Cruzeiro abusava das jogadas pela direita, sempre com boas tramas entre Montillo, Pablo e Wallyson. O gol, no entanto, começou em uma jogada do lado oposto. Escanteio cobrado da ponta esquerda, Victorino subiu, mas Filippinni conseguiu tocar de cabeça. A bola sobrou para Wallyson, que dominou e bateu de perna direita, abrindo o placar na Arena do Jacaré.

Aos 35 minutos, nova chegada do Guaraní. Após cobrança de falta na área, a defesa do Cruzeiro fez mal a linha de impedimento e deixou Filippinni livre para cabecear. O defensor mandou a bola à esquerda do gol de Fábio, levando muito perigo.

Na saída para o intervalo, o autor do gol cruzeirense, Wallyson, avaliou a primeira etapa.

- A equipe deles está com duas linhas de quatro jogadores e estão complicando para entrarmos na defesa deles. Mas nós estamos tocando a bola e o gol saiu na hora certa. Precisamos ouvir o que o Cuca vai falar no intervalo para fazermos mais gols para matarmos o jogo – disse o atacante.

Mudanças dão resultado

As duas equipes voltaram do intervalo sem mudanças e a segunda etapa começou debaixo de muita chuva, o que animou a torcida cruzeirense. Os torcedores presentes na Arena do Jacaré cantaram alto e empurraram o Cruzeiro para cima do Guaraní.

A Raposa assustou logo aos quatro minutos, com Wallyson. O atacante arriscou chute cruzado de muito longe, a bola bateu no gramado molhado e ganhou velocidade, passando com perigo à direita do gol de Aurrecochea. Aos nove minutos, Montillo recebeu passe de Roger, invadiu a área e foi ao chão. O árbitro não marcou o pênalti que aplicou cartão amarelo no argentino, que nem reclamou.

Aos 16 minutos, Wellington Paulista deixou o gramado para a entrada de Ernesto Farías e dois minutos depois, o Cruzeiro ampliou o placar. Passe espetacular de Montillo, que encontrou Wallyson livre na pequena área. O talismã celeste dominou com a perna direita e bateu com a esquerda, na saída de Aurrecochea, que não conseguiu defender: 2 a 0.

Após levar o segundo gol, o Guaraní se projetou um pouco mais ao ataque, cedendo espaços ao Cruzeiro. Tentando se aproveitar disto, Cuca promoveu a entrada do velocista Thiago Ribeiro no lugar de Roger, que saiu aplaudido, deixando o Cruzeiro com três atacantes.

A mudança deu resultado. Aos 34 minutos, Montillo tabelou com Ribeiro dentro da área e bateu colocado, mas a bola passou perto do ângulo esquerdo de Aurrecochea. E Cuca queria mais. Dois minutos depois, o técnico tirou Wallyson para a entrada de Dudu. Principal responsável pela vitória celeste, o atacante saiu de campo ovacionado pela torcida.

No ritmo do 'olé' da torcida, o Cruzeiro alcançou o terceiro gol. Aos 41 minutos, após longa troca de passes, Dudu recebeu com liberdade pela esquerda, invadiu a área e bateu cruzado. Farías, na segunda trave, só teve o trabalho de empurrar para as redes. Vibrando muito, a torcida celeste imediatamente gritou o nome do técnico Cuca.

Fábio apareceu na segunda etapa ao sair nos pés de Escobar, que entrava com perigo na área cruzeirense. Com 44 minutos, o Cruzeiro respondeu com estilo. Thiago Ribeiro acertou um lindo chute da intermediária e mandou a bola no ângulo de Aurrecochea, dando números finais ao jogo: Cruzeiro 4 a 0.

Ainda deu tempo de Fábio fazer outra boa defesa, em chute de Benítez de fora da área.

Cruzeiro 4 x 0 Guaraní (PAR)

Local: Arena do Jacaré, Sete Lagoas

Data/Hora: 22/02/2011 / 19h14 (horário de Brasília)

Público / Renda: 12.067 pagantes / R$ 275.668,02

Arbitragem: Raúl Orozco, auxiliado por Jorge Calderón e Efraín Castro (todos da Bolívia)

Cartões amarelos: Victorino, Gil, Montillo e Farías (CRU); Escobar, Paniagua e Ortiz (GUA)


Gols: Wallyson (30'/1ºT) e (18'/2ºT); Farías (41'/2ºT); Thiago Ribeiro (44'/2ºT)

Cruzeiro: Fábio; Pablo, Gil, Victorino e Diego Renan; Marquinhos Paraná, Henrique, Roger (Thiago Ribeiro, 30'/2ºT)e Montillo; Wallyson (Dudu, 36'/2ºT) e Wellington Paulista (Farías, 16'/2ºT). Técnico: Cuca.

Guaraní (PAR): Pablo Aurrecochea; Eduardo Filippini, Ignacio Ithurralde (Pedro Chávez, 28'/2ºT) (Tomás Bartomeus, 33'/2ºT), Francisco Benítez e Federico Carballo; Elvis Marecos, Miguel Paniagua, Angel Ortiz e Jorge Mendoza (Osvaldo Hobecker, 14'/2ºT); Julián Benítez e Fabio Escobar. Técnico: Carlos Compagnucci

Lyon acaba com a alegria do Real Madrid


O tabu continua. O Real Madrid foi até o Estádio Gerland e empatou em 1 a 1 com o Lyon, nesta terça-feira, em partida válida pelas oitavas de final da Liga dos Campeões. O atacante Benzema, que entrou no segundo tem no lugar de Adebayor, abriu o placar para os merengues. Enquanto Gomis empatou no fim do jogo.

Ao clube espanhol o empate com gols não foi de todo ruim. Agora no Santiago Bernabéu os comandados de José Mourinho podem empatar em 0 a 0 que se classificam para as quartas de final. Novo 1 a 1 levará a partida para a prorrogação, enquanto igualdades a partir de 2 a 2 favorecem o Lyon.

O primeiro tempo foi pavoroso para o Real Madrid. A bem da verdade é que o jogo não foi bom em seus primeiros 45 minutos. O time espanhol não conseguia trocar três passes em sequência, enquanto que o Lyon pecava em não aproveitar a ineficiência de seu adversário. Afinal de contas faltava um pouco mais de criatividade ao meio de campo da equipe de Claude Puel. Os franceses tinham mais posse de bola, mas pouca eficiência em suas ações ofensivas. Na melhor delas, aos 33 minutos, Gomis mandou por cima com Casillas completamente batido.

Após o intervalo o jogo foi outro. O Real Madrid foi um time muito mais empolgado e passou a dominar o Lyon. Em quatro minutos os merengues colocaram duas bolas nas traves de Lloris. Na primeira, aos três minutos, Cristiano Ronaldo bateu falta perigosa e acertou o poste direito. Na sequência a defesa do Lyon afastou a bola para escanteio. Após a cobrança, Sergio Ramos subiu mais alto que Cris e, de cabeça, mandou a bola no travessão.

Aos 18 minutos o técnico José Mourinho mostrou que tem estrela. O português substituiu o inoperante Adebayor pelo francês Benzema, ex-jogador do próprio Lyon. A mágica surtiu efeito e no minuto seguinte Benzema abriu o placar. Özil roubou a bola de Toulalan na lateral-esquerda, passou para Cristiano Ronaldo. O atacante deixou para o francês, que ainda precisou de muita raça para bater Lloris.

A partir daí o Real Madrid passou a dominar a posse de bola. Parecia que o tempo iria passar e finalmente o clube espanhol conseguiria quebrar a incômoda marca de jamais ter vencido Lyon na França. Só parecia, pois a estrela de José Mourinho brilhou até os 37 minutos.

Gourcuff bateu falta sobre a área madrilenha. A bola encontrou a cabeça do brasileiro Cris, que ajeitou para Gomis só ter o trabalho de empurrar para o fundo do gol de Casillas.

Agora o próximo duelo entre Real Madrid e Lyon será no dia 16 de março, no Santiago Bernabéu, em Madrid.

FICHA TÉCNICA:
LYON 1 X 1 REAL MADRID

Estádio: Gerland, Lyon (FRA)
Data/hora: 22/2/2011 - 16h45 (de Brasília)
Árbitro: Wolfgang Stark (ALE)
Auxiliares: Jan Hendrik Salver (ALE) e Mike Pickel (ALE)
Cartões amarelos: Sergio Ramos, Di Maria (RMA), Casillas (RMA); Michel Bastos (LYO), Cris (LYO)
GOLS: Benzema 19'/2ºT (0-1); Gomis 37'/2ºT (1-1)

LYON: Lloris, Réveillère, Cris, Lovren e Cissokho; Toulalan, Gourcuff, Kallstrom (Pjanic 31'/2ºT), Michel Bastos (Briand 24'/2ºT) e Delgado (Pied 24'/2ºT); Gomis. Técnico: Claude Puel.

REAL MADRID: Casillas, Sergio Ramos, Pepe, Ricardo Carvalho e Arbeloa; Di Maria, Xabi Alonso, Khedira (Lass Diarra 23'/2ºT), Özil (Marcelo 29'/2ºT) e Cristiano Ronaldo; Adebayor (Benzema 18'/2ºT). Técnico: José Mourinho.